TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO

Dia de Campo da CPLA entusiasma produtores em busca de maior produtividade e lucro no campo

Mais de 15 produtores foram cadastrados no Programa Transferência de Embriões e Balde Cheio

Renovando sua parceria com o Sebrae/AL, para levar mais tecnologia de produção e gestão eficiente nas propriedades de seus associados, a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas  (CPLA) realizou Dia de Campo, em Palmeira dos Índios, na última sexta-feira,22, para apresentar a nova sistemática e cadastramento de novos produtores nos Programas  de Transferência de  Embriões – IN Vitro e Assistência Técnica Balde Cheio. Cerca de 60 produtores participaram do evento. 

 Durante o encontro, foram  realizadas duas palestras, com as equipes técnicas dos dois programas. Também foram anunciados, os novos valores para adesão aos Programas: para aderir ao Balde Cheio, será cobrado o valor de R$ 606,00 , sendo 60% subsidiado pelo Sebrae e 40% de contrapartida da CPLA. Já para a transferência de embriões, o produtor pode solicitar no máximo três unidades à In Vitro, pelo valor total de R$1.235. Neste caso, os subsídios do Sebrae/AL para ele são de 70% e a CPLA entra com a contrapartida de R$ 200,00 e o produtor deve arcar com os custos restantes. 

 “Num esforço conjunto, a cooperativa conseguiu facilitar a vida do produtor para incluí-los produtivamente no mercado. Estamos trazendo tecnologias que só produtores do sul e sudeste tinham acesso. Hoje, nosso produtor, tem essa oportunidade de estar trabalhando com animais de alta qualidade por meio dos nossos projetos de assistência técnica”, disse Aldemar Monteiro aos produtores reunidos no Dia de Campo, ressaltando que o próximo objetivo da CPLA é levar as palestras do Dia de Campo para o Sertão de Alagoas.

A possibilidade de investir com baixo custo em tecnologia de transferência de embriões e gestão no gerenciamento das propriedades animou o produtor José Arthur Netor, do povoado Pai Mané, em Dois Riachos. “Há 7 anos com a CPLA, nosso grupo sai muito confiante em mais esse projeto. Vejo de forma positiva essa oportunidade que nunca havia pensado em ter”, entusiasmou-se o produtor.

A CPLA totalizou um número de 12 produtores cadastrados, entre solicitações de embriões e adesões ao Balde Cheio. A equipe do Sebrae/AL junto com os técnicos da CPLA continuarão os cadastros nas Associações, em todo Estado, até o mês de setembro.

Nova realidade

Desde 2010 sendo desenvolvido pelo SEBRAE/AL, a metodologia tem  transformando a realidade  de dezenas de produtores, com atividades de assistência técnica que vão além do manejo produtivo: “o Balde Cheio traz eficiência tecnológica, ajuda o produtor a implantar planilhas de acompanhamento financeiro, faz com que o produtor encare sua propriedade como empreendimento”, disse o gerente do Sebrae/AL, Marcos Fontes.

A falta de organização e visão de negócio,  segundo o consultor da empresa Fazenda Eficiante, um prestadora de serviço ao Programa, Thalisson Lins, são os fatores  mais críticos que se encontram nas propriedades antes de iniciar as atividades do Balde Cheio: “Como o produtor não possui, até aquele momento, escrituração, base de dados, ele não consegue localizar qual o animal que dá maior lucro e localizar suas deficiências produtivas. De início, buscamos diminuir o máximo de custos de produção e aumentar a eficiência produtiva, fato q que é sentido nitidamente nas primeiras etapas. Mas, já com o programa iniciado ele já consegue sentir no bolso a nova realidade”, comentou o técnico.

Um dos frutos da implantação dos dois programas, são premiações nacionais vencidas por produtores da CPLA. “Tivemos três produtores vencendo prêmios de gestão de qualidade de microempresas. Um trabalho resultante inteiramente dos ensinamentos do Balde Cheio. Esses são produtores que vem aumentando seu faturamento a cada ano e provando que se pode produzir nas mais adversas condições”, frisou Marcos Fontes.

Sobre o Programa de Transferência de Embriões, o gerente do Sebrae destaca o potencial história do rebanho alagoano que já serviu de modelo para todo país: “tivemos um grande avanço na década de 70 e nossa bacia leiteira serviu de base em termos de produtividade de litros. E com esse trabalho de ganho genético, acreditamos estar próximos a darmos um novo salto por meio da democratização de embriões superiores”,  sintetizou Marcos.