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CAFÉ DA MANHÃ COM A BANCADA FEDERAL
Cooperativas
fazem apelo à bancada federal de AL para manutenção de programas sociais em
meio a possível impeachment da presidente Dilma
Bancada
federal assume compromisso com agricultores familiares, promove encontro com
demais parlamentares e agenda encontro com ministra Tereza Campello (MDS)
Dos nove deputados federais por Alagoas, apenas
três compareceram ao Café da Manhã organizado por cooperativas e entidades
ligadas a agricultura do Estado - que representa cerca de 100 mil
agricultores familiares - para discutir a continuidade dos programas que
sociais em meio a retração econômica afetada pelo cenário de crise política
no Brasil, além do possível impeachment da presidente Dilma Roussef. O encontro
aconteceu na manhã desta segunda-feira,4, na sede da Cooperativa de
Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) e contou com a presença dos deputados
Ronaldo Lessa (PDT-AL), Marx Beltrão (PMDB-AL) e Givaldo Carimbão (PHS-AL).
Representantes da
CPLA, Unicafes/AL e Fetag-AL, pediram maior engajamento junto aos
órgãos federais para manutenção das modalidades do Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), Programa Nacional de Aquisição de Alimentos Escolar (PNAE) e
Programa do Leite. Os deputado prometeram agir em blocok, levando um dossiê listando toda demanda do setor para ser entregue à ministra Tereza
Campello, titular do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS),
responsável pela gerência dos programas.
No setor
leiteiro, os produtores e mais de 80 mil famílias seguem ameaçados com a ordem
federal de desaceleração do Programa do Leite, que teve corte de R$9 milhões,
reduzindo o orçamento de R$28 milhões para R$ 19 milhões, o que deve levar o
número de famílias beneficiadas pelo litro do leite caírem para 40 mil.
Segundo informações do secretário de
Agricultura de Alagoas, Álvaro Vasconcelos, os produtores estão há 5 quinzenas
sem receber o pagamento. Segundo ele a contrapartida do estado segue garantida.
“O ano passado o ministério já deixou de repassar recurso por dois meses e o
governo bancou para que não houvesse esgotamento. A situação é grave, mas vamos
continuar com os trabalhos, agora com reforço da bancada para assegurar essa
fonte alternativa para produção de leite”, argumentou Álvaro, incluindo que o
leite ocupa a segunda posição da cadeia produtiva alagoana, perdendo apenas
para cana-de-açúcar. O preço praticado pelo programa é o melhor avaliado no
mercado, fixado em R$ 1,14.
Planos de ação
O deputado Givaldo
Carimbão (PROS-AL), lamentou o risco que sofre o setor com o possível
impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). “O agricultor familiar pode ter
convicção que tomamos esta causa como prioridade para nós representantes do
povo. Tenho certeza que com a união e intervenção dos deputados federais a
causa será resolvida e não só o produtor de leite será atendido, mas sim toda
ordem da agricultura”, declarou Carimbão, informando que a mobilização já foi
iniciada.
De acordo com Carimbão há
entraves que estão impossibilitando a permanência dos programas no Estado: “Há um certo ruído sobre o
futuro do programa, nada que não possa ser esclarecido junto a ministra Tereza
Campello”, ressaltou.
As demandas da agricultura familiar também sensibilizaram o deputado Marx Beltrão, que é relator da medida provisória que trata da dívida rural: “Minha escola política sempre foi cooperativa, então já conheço a importância que todas possuem aqui. Estamos assumindo esse compromisso para que, de forma conjunta, os deputados possam defender esse programa. Tenho certeza que nenhum deputado ou senador se negue a tal”.
Marx também não poupou palavras e foi enfático sobre uma possível
negativa do governo: “se o Programa do Leite e PAA não forem atendidos,
já anuncio rompimento com governo”, declarou em discurso.
O coordenador da bancada de Alagoas, Ronaldo Lessa, também acompanhou o pensamento dos colegas de congresso. “Alagoas continua sendo nossa referência. Vou pegar essa documentação para junto com a bancada trabalhar no ministério e fazer o máximo possível.
O ex-governador também relembrou que programas de distribuição
de leite foi iniciado em Alagoas, antes do modelo nacional , quando ainda era prefeito:
“Iniciamos, ainda limitados, sem a participação do governo federal, mas já
atentos as necessidades do povo, porque sabia do que as pessoas precisavam para
segurança alimentar”, lembrou Lessa.
Preocupação
O presidente da CPLA,
Aldemar Monteiro, se mostrou otimista com os planos da bancada federal. “Desde
fevereiro o pagamento do programa do leite não sai, não chega recursos federais
para isso. A situação é delicada e tende a piorar com a derrocada do governo
Dilma. O programa do leite atende cerca de 80 mil família e possibilita a inclusão produtiva de mjais de 4 mil produtores, num estado com que possui 100 mil agricultores que lutam por seu espaço no campo",
disse.
Aldemar também pediu
paciência aos produtores, informando que também acontecerá um segundo
momento com a Assembleia Legislativa (ALE) e em seguida em Brasília/DF: “Sabemos
que é preciso buscar mais. Vamos aproveitar essa provocação de hoje
para frisar que está em jogo o destino de 100 mil trabalhadores rurais. Com responsabilidade,
vamos brigar até o último momento para fazer entender que Alagoas precisa
desses programas para sobrevivência de sua agricultura”, alertou.
O Café da Manhã com a
Bancada Federal foi promovido pela Unicafes/AL, Fetag/AL e CPLA. O encontro foi
prestigiado por diversas autoridades do legislativo e executivo de Alagoas.
Participaram: os deputados estaduais Francisco Tenório e Carimbão Júnior, o
vereador Silvano Barbosa, secretário de Estado da Agricultura, Álvaro
Vasconcelos, além do superintendente da Conab e Mapa, Elizeu Rêgo e Alayr
Correia. Entidades como Sindleite e Sileal foram representadas por seus
dirigentes, André Ramalho e Arthur Vasconcelos, respectivamente.
Os deputados
federais Paulão (PT/AL) e Maurício Quintela (PR/AL) chegaram a confirmar
presença, mas por imprevistos tiveram que antecipar seus retornos à
Brasília/DF.