CPLA renova convênio com Ufal para monitoramento da produção

A Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) renovou esta semana o convênio com o Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Há cinco anos, todos os meses, a CPLA envia amostras aleatórias do leite pasteurizado destinado ao Programa do Leite, manipulado por cada laticínio associado à cooperativa. No laboratório são analisados os aspectos microbiológicos e físico-químicos.

A engenheira de alimentos e coordenadora do laboratório da Ufal, Maria Cristina Delgado, explicou que nessas analises são avaliadas as condições de higiene, a vida útil do produto, o risco de consumo, o risco de doenças e ainda a qualidade nutricional do leite como o teor de gordura, se houve a adição de água e outros nutrientes.

“Desde o inicio desse trabalho observamos que existe a preocupação, por parte dos laticínios, em está dentro dos parâmetros exigidos pela legislação. Quando eventualmente aparece algum problema no mês seguinte isso já é eliminado”, afirmou a engenheira.

Maria Cristina Delgado revelou ainda que em nenhuma das amostras coletadas durante esses anos de parceria com a CPLA foi encontrado a temida salmonella, bactéria de origem animal que causa febre, cólicas abdominais e diarréia. A professora explicou que a principal finalidade do processo de pasteurização é eliminar as bactérias do grupo da salmonella. “Eu sempre digo que o mais importante em manter o monitoramento é saber o que fazer com os resultados. A empresa tem que procurar saber a causou o erro e corrigi-lo de imediato, afinal é uma questão de saúde pública”, declarou.

Após a elaboração dos laudos a cooperativa analisa um por um e chama a atenção dos laticínios que apresentaram problemas. O presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, contou que foi definida uma norma dentro da unidade que prevê advertência, multa e até suspensão para aqueles estabelecimentos que não se enquadrarem nas exigências mínimas de qualidade.

“O mais importante nessa parceria é levar para a mesa dos alagoanos um produto de qualidade. A CPLA trabalha hoje para que o leite pasteurizado produzido em Alagoas volte a ocupar seu espaço nas gôndolas das grandes redes até em outros estados. O leite de saquinho, como é conhecido, tem propriedades nutricionais que não são encontradas no leite em pó nem no leite em caixa, apresentando assim um valor nutricional bem superior”, revelou Monteiro.