04/02/2013
Produção de forragens será orientada para dar suporte à pecuária de leite e à ovinocaprinocultura
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário
(Seagri) vai orientar os agricultores para a prática da irrigação,
pecuária de leite, ovinocaprinocultura e avicultura com galinhas
caipiras no entorno do Canal Adutor do Sertão. A informação foi
repassada pelo secretário José Marinho Júnior, que participou esta
semana da vista feita pelo governador Teotonio Vilela ao trecho da obra
que já está recebendo água.
“Como já temos a experiência e
conhecemos o êxito desses programas, vamos levá-los a uma região que a
partir de agora passará por mudanças muito positivas. Serão mudanças
essenciais para a socioeconomia do lugar e para a vida dos agricultores
familiares. O Canal do Sertão é um marco para Alagoas e um dos maiores
legados do governador Teotonio Vilela”, destacou o secretário.
Segundo
José Marinho Júnior, para dar suporte à pecuária leiteira e à
ovinocaprinocultura, os agricultores serão orientados para a produção de
forragens que servem de alimento aos animais, como sorgo, palma, capim
de corte e cana. “Tudo poderá ser irrigado com a água captada no Canal
Adutor, inclusive a fruticultura”, explicou.
De acordo com o
secretário, os Programas Alagoas Mais Leite, Alagoas Mais Ovinos e
Avicultura Familiar Sustentável de Alagoas (PAF), que já são executados
pela Seagri na região do Semiárido, vão implantar módulos para os
agricultores que estão nas áreas que recebem água do Canal.
“Com
o uso de tecnologia e assistência técnica, é possível produzir leite o
ano inteiro, mesmo no Sertão. Os produtores atendidos pelo Programa
Alagoas Mais Leite comprovam isso, pois eles conseguem conviver melhor
com esse período de estiagem pelo qual estamos passando”, exemplificou o
secretário.
Biofábrica
De acordo com o
secretário, as atividades agropecuárias no Semiárido em breve vão contar
com o suporte de uma biofábrica, que será instalada no antigo Instituto
Xingó, no município de Piranhas.
“O governador Teotonio Vilela
tem cobrado ações estruturantes e definitivas para convivência com a
seca e produção agrícola durante os períodos de estiagem”, salientou
Marinho.
Segundo ele, a Seagri conseguiu junto ao Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$ 1,5 milhão para
instalação da unidade, que conta com a parceria da Companhia
Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e da Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
“A unidade
vai realizar pesquisa agropecuária e produzir sementes e mudas de palma
forrageira, sorgo e leucena, que serão repassadas aos agricultores
para composição dos bancos de forragens, além de mudas de árvores e
frutas originárias do Semiárido. Ao todo, esperamos produzir 1,5 milhão
de mudas por ano”, destacou o secretário de Estado da Agricultura,
José Marinho Júnior.
O material será repassado aos agricultores
do Semiárido e da Bacia Leiteira para produção de forragens. “É com
forragens que eles podem garantir alimento para o gado no período de
estiagem e, assim, conviver melhor com essa situação, que é típica de
nossa região”, completou Marinho.