Agricultores do sertão aguardam medidas para socorrer animais

A chuva começou a cair de forma acanhada na região sertaneja de Alagoas. Em Belo Monte, Jacaré dos Homens, Palestina, Jaramataia e Batalha as águas não estão suprindo a necessidade dos criadores de gado leiteiro. Um levantamento dos técnicos da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) mostrou que há dez meses não chove o necessário na região.

Além da falta de água, a alimentação pata os animais está cada vez mais escassa. Uma das principais reclamações dos agricultores está relacionada ao preço da tarefa da palma, hoje comercializada por cerca de R$ 2 mil. Mesmo assim, o produto não é encontrado com facilidade. Como alternativa para alimentação dos animais os agricultores apostaram também no silo a base de milho, outro produto ameaçado pela estiagem.

O técnico agrícola da CPLA, Wandelan Pereira, revelou que para evitar a perda dos rebanhos, agricultores chegam a gastar R$ 250,00 por dia com água. Para o consumo humano caminhões pipas do Exército Brasileiro abastecem os povoados.

“A chuva que registramos é pouca para a necessidade atual. Tem dias que chega a chover cinco milímetros e após três dias é que chove novamente. Temos um agricultor que possui 200 vacas e 50 delas já estão perdidas, esperando a morte”, relatou o técnico da cooperativa de produção leiteira.

Na semana passada, o Governo do Estado informou que foi liberado para Alagoas pelo Governo Federal R$ 12 milhões para atender o decreto de emergência dos 33 municípios atingidos pela estiagem. Esse recurso será empregado, inicialmente, no abastecimento de água dessas regiões para consumo humano e animal.

O Comitê Integrado de Combate à Seca em Alagoas, deve definir, somente na próxima semana, dia 05, como será aplicado o recurso disponibilizado pelo Governo Federal.