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17/05/2012

Entidades defendem permanência do Programa Social do Leite em Alagoas

O diretor-presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, protocolou nesta quarta-feira (16), no gabinete do governador Teotonio Vilela Filho, um manifesto assinado por 500 agricultores familiares e diversas entidades rurais, que defendem a viabilidade e a permanência do Programa Social do Leite em Alagoas. O programa está ameaçado devido à baixa remuneração aos pequenos produtores e laticínios.

No documento, constam dados de um estudo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae/AL), que trata da viabilidade da produção leiteira no estado. O estudo, que aponta como preço mínimo justo, para o produtor do leite de R$ 1,00 /litro de leite, e para os laticínios de R$ 1,80/litro de leite, tem como base a realidade dos agricultores familiares assistidos pelo projeto de assistência técnica, Balde Cheio.

As entidades representativas dos agricultores estão preocupadas com a ameaça de paralisação do programa, que tem se agravado com a falta de chuvas nos municípios do Sertão e Zona da Mata de Alagoas. “Decidimos mobilizar o setor porque temos consciência da importância do Programa do Leite para o pequeno agricultor e para as famílias em risco social, beneficiadas diariamente com o alimento. Através desse requerimento, esperamos que o governador discuta conosco uma solução”, destacou Monteiro.

De acordo com dados da CPLA, atualmente o preço pago pelo Governo do Estado pelo litro de leite fornecido no âmbito do programa é R$ 1,34, enquanto que o litro de leite envasado nos estabelecimentos comerciais gira em torno de R$ 2,20. Já o produtor é remunerado com R$ 0,76 por litro de leite. Entre os argumentos do manifesto está ainda o assédio de atravessadores, que favorecem indústrias de estados vizinhos na compra do leite, principalmente no período de seca, a qual enfrenta o estado.  

 “Com esse ato buscamos basicamente a revisão imediata do preço do leite pago pelo Governo do Estado de Alagoas aos fornecedores do Programa Social do Leite, para o valor de R$ 1,80, e a reposição aos fornecedores da diferença de R$ 0,12 do preço do leite reduzidos em 2007.  Não é uma questão política é social”, informou Monteiro.

O manifesto conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado De Alagoas – Faeal, Federação da Indústria do Estado de Alagoas – Fiea, Associação dos Criadores do Estado de Alagoas – Aca, Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas – CPLA, Sindicato dos Produtores de Leite do Estado de Alagoas, Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Estado de Alagoas – Fetag.  

CPLA - Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas
Av. Siqueira Campos, nº 1295, Prado - CEP 57010-001 - Maceió - Alagoas
Fone: (82) 3336-9300